18.7.04

O Morgadinho, na ria.

A lota, junto ao pedaço de rio onde os barcos descansam da pescaria, balançando ao sabor da ondulação dourada que o sol empresta à água. Agora, pequenos veleiros acolhem-se a este espaço, no sossego que o lazer dos donos lhes permitem. Com o tempo e a descoberta deste recanto do rio, cresceram as "tasquinhas" adaptadas das modestas casas dos pescadores, passando a ter, algumas, o nome pomposo de restaurantes.
O movimento da água entrando no espaço aberto quando a maré enchia, fazendo-nos recolher os pés nas cadeiras que não desviávamos, encontrava o aroma do peixe grelhado apanhado há poucas horas e o sabor das ameijoas escorrendo no sumo do limão. O excelente bolo de amêndoa, não o "doce fino" mas o outro, em que a pele se mistura aos bocados do fruto em contrastes de alvura e de canela terminava a tarde, neste por-do-sol e nesta ria. Na tasca do Morgadinho

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