6.12.04

flor de papiro



Nesse rio, que me chega em sentires outros, entrelaçados aos meus, nos reflexos das suas margens, descansarei o olhar respirando a frescura da flor do papiro.
Caminharei, entre sombras líquidas, tremeluzentes, seguindo o correr da água, procurando o fio que explica esta vivência.
E não o encontrando, retornarei sobre os meus passos, e em golfadas de ouro, reencontrarei a tua imagem, nítida, vinda de tempos em que os muros nos protegiam.

Tu, Gilgamesh, que primeiro procuraste o sentido da vida.

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