(...)
Já não tenho casa.
Fiz do desabrigo um imenso campo de anis e
flores altas.
A minha cama é essa planície onde os
animais se deitam, sem pensar em nada.
Por isso não quero a mentira dos povos, as
estátuas de bronze,
as armas brancas atrás das costas.
Quero um barco de papel, um espelho de
água, um lago.
Mais nada.
José Agostinho Baptista, "Mais Um Ano" in Esta Voz é Quase o Vento
Esperança. No ano que começa.
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