24.9.05

regressarei a esta leitura?

...Eu não começo um livro com uma ideia de história, começo com noções abstractas. Em "Nunca me deixes" acho que essas noções são muito simples: têm que ver com a brevidade do nosso tempo de vida, por exemplo.Acho que, se há uma pergunta, é: como é que encaramos o facto de saber que vamos morrer? Quais são as coisas realmente importantes enquanto estamos vivos?
...Será que o amor e a arte fazem realmente diferença? A resposta sugerida pelo livro é não, não vivemos mais porque conseguimos apaixonar-nos por alguém, não vamos adiar o nosso destino produzindo obras de arte...Acho que estas coisas podem ser uma ilusão, mas, mesmo que o sejam, dão significado à nossa vida. As ilusões são importantes, exactamente como as memórias.


Kazuo Ishiguro, entrevista à separata do Público, Mil Folhas, por Vanessa Rato.



comecei a ler Never let me go (Nunca Me Deixes) durante as férias de verão...enrolou-se-me nas mãos, não consegui acabá-lo. Habitava-me uma estranheza sempre que os olhos percorriam as páginas. Irei acabá-lo depois de ler esta entrevista do seu autor? Não sei...


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