30.11.05

ao longe já não sabes...

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Sempre me procuraste onde não existia, na sombra onde o silêncio esvoaça e, por trás desta na outra sombra onde as tuas mágoas em pranto abafaram os batimentos no meu peito. as palavras não abrigam a razão da mutez dos teus lábios e do vazio dos teus olhos. distanciaste-te do mundo junto à névoa de uma lenda antiga e já não vislumbras onde permaneço. adormeci nesta mansão escura que é o solitário deserto do teu coração.


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