estampadas no vidro da porta seis chávenas de café fumegantes dançam numa fila instável. pergunto-me porque as teriam colocado em plano inclinado. os olhos fixam o trânsito passando continuamente. em frente, o espaço onde se encontrava o jardim agora repleto de areia revolta. em volta, uma cerca de arame impede o caminho para o miradouro debruçando sobre o casario. não se vê o castelo, apenas uma nesga de céu e algumas árvores de ramos despidos. as traseiras da igreja, quietas, resguardam o largo com o xafariz. na calçada íngreme desliza o velho elevador. os olhos memorizam mais do que vêm o som dos pensamentos que se aquietam.
na calma buliçosa da tarde aguardo a passagem do tempo.
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