28.4.07

a magoada arte do verso




e na palma da tua mão
busco ternura
sem contar meses,
anos, dias,
sem saber dizer
se já te chorei
por inteiro
o suficiente
para não voltar
a perder-te


Vasco Gato






neste não puderem apagar-se os gestos
nega-se a pele o esquecimento de tabuadas
afloradas aos lábios...




foto de moumine

29 comentários:

belém disse...

Olá. Atribui à emoção do teu blogue um thinking blogger award. :)

musalia disse...

belém

olá:) passei pelo teu blog e só agora me dei conta do link:'emoção'.
obrigada pela distinção, é a terceira que recebo nos últimos dias.
:)

Adriana Gomes disse...

ola
Á muito tempo que n vinho cá e resolvi vir hoje
passei por aqui para ver se tava tudo bem
beijinhos***

Samartaime disse...

Fico sempre a pensar que Debussyte ficaria melhor.
Hoje, Deixo-to aqui.

e mando-te um convite que já devia ter seguido.
Beijos

Pedro Branco disse...

Por momentos pensei chamar-te
Riscar de mim todas as memórias
Numa corrente de desejo e arte
Onde se inventam dores e histórias

Por momentos quis ver-te nua
Sentir no teu corpo as marcas de ti
Neste olhar que em mim se habitua
De te encontrar sempre que venho aqui

Por momentos asfixio-me porque quero
No calor que os solêncios dão ao universo
Que me dás sem saber que desespero
Sempre que me roubas mais um verso

musalia disse...

olá Adriana:)
por aqui tudo bem e tu?
obrigada por teres passado, volta sempre.

beijinho.

musalia disse...

Samy obrigada pela sugestão musical. é relaxante:)
e...outro local ou único local?

abraço forte:)

musalia disse...

Pedro Branco

os versos nem sempre estão dispostos a sair. há que deixá-los voar, quando querem...
:)

clarinda disse...

Olá moriana,

O poeta em epígrafe pode estar feliz, já sabe o que e onde procurar, embora o modo como se processa essa procura possa ser doloroso.

A tua poesia...em diálogo com o poeta parece recusar o que procura.
Exlente este teu trabalho, prova que os versos estão sempre lá, à espera de serem revelados.
Gostei da belém te nomear!
Temos de falar de quietismo, miguel molinos, poesia sufi. Um mundo a descobrir ou a retomar.
Espatifei o meu carro num dia de chuva miudinha.Mas estou bem.

Beijinhos, bom domingo

Samartaime disse...

O velho esteve por um fio, mas resolvi manter. O outro é recente e mais claro. Tens de seguir pelo convite!...

Anónimo disse...

Abraço, apenas um abraço, que o resto tu sabes.

musalia disse...

laerce

espatifaste o caro?! o importante é estares bem, valha-nos isso!

ainda ressentida com Vasco Gato (a antologia e a recusa...). lá coloquei um poema, um dos que se adaptava à imagem.
o diálogo é mais complicado...
;)

beijinhos.

(vamos lá a essas redescobertas!)

musalia disse...

samy, não entendo, qual convite? não recebi nenhum! referes-te a quê, amiguinha?

beijocas.

musalia disse...

sarita, ainda tiro um dia de folga e vou ao teu encontro!
o resto, o reto, pode ser quase tudo...

abraço forte.

Samartaime disse...

Vai ao correio!... rsrsrs

Francisco disse...

A foto da árvore a tocar na Mulher é fantástica! Beijinhos!

sophiarui disse...

vasco gato - sempre tão cá dentro!

obrigada musalia!

Bruna Pereira Ferreira disse...

Um vez um, um
um vezes dois, dois
um vezes três, três...

... mas um amor puro não tem conta nem medida...

(Lindo, mais uma delicada vez.) :)

musalia disse...

samy, já fui!
(sabes, eu raramente consulto o correio da netcabo, guardo-o para assuntos oficiais - já te tinha dito, marota, porque tu, de vez em quando bloqueias-me a capacidade da caixa:). envia, antes para o musalia7@gmail.com, sim?

beijocas

musalia disse...

Francisco! boas caminhadas pelas nossas ilhas?
a foto é espectacular, sim, senhora!
um abraço.

musalia disse...

sophiarui, gosto muito dos seus poemas
(já tens o último livro?)

abracinho.

musalia disse...

bruna

ah!, sabes a tabuada (eu, as mais das vezes, tenho de contar pelos dedos;)

bjs.

nameless as a desire disse...

Não há qualquer rua, "não há qualquer morada a oeste do rosto. Tudo acontece aqui, na escassez da pele e do tempo que os meus olhos demoram sobre ti."

cristóvão silva disse...

palavras leva-as o vento os gestos é que ficam...

musalia disse...

nameless as a desire

sobre a pele o olhar escreve a ausência. e com palavras também se diz da ausência, possível é 'explicar com palavras deste mundo/que partiu de mim um barco levando-me'.
:)

musalia disse...

cristóvão :) bem vindo ao meu canto das palavras.
os gestos ficam. por vezes, suspensos. as palavras também. e deixam eco...
volta sempre.

nameless as a desire disse...

"por un minuto de vida breve
única de ojos abiertos
por un minuto de ver
en el cerebro flores pequeñas
danzando como palabras en la boca de un mudo "

- Alejandra Pizarnik

O barco levou-te, momentaneamente, à Argentina. Belo país. ;)

musalia disse...

nameless as a desire

de facto viajei pela Argentina através da palavra. país que não conheço, com muita pena minha.
(o México é mais acima, geograficamente e no post, também ;)
e tu deste por isso...

Inês disse...

...*