2.5.07

como se dissesse...


foto de katia chausheva
en el borde de la vida y la muerte
nos bamos bailando la suerte de
este pobre corazón…
Lila Downs/Paul Cohen/
Michael Ramos
la cama de piedra
fala-me ao ouvido infinita melancolia de
quem desaprendeu nos dias,
a vida
são doridas as mãos
sustendo ponto obscuro na nudez do peito

20 comentários:

Sophia disse...

Nada se desaprende, por vezes, acho que preferimos esquecer...
Gostei da foto, mas deu-me uma impressão de abandono, de partida.

;) Baci

Bruna Pereira Ferreira disse...

Sem saber muito que dizer....
Digo que um ombro nu arrepia tanto como se estivesse um dia de frio.

:)

sophiarui disse...

a melancolia sempre... é ela que nos socorre dos dias desaprendidos... nunca aprendemos pois não?

abracinho

Noktivaguz disse...

O fragil toque de quem caminha suspenso no seu Verso.


É sempre bom passar por aqui...

beijo

musalia disse...

Sophia, desaprender (ou esquecer, como dizes)pode ser abandonar ;)
e desaprendemos tanta coisa, sim. mas há a possibilidade de reaprender...

bjs.

musalia disse...

bruna

ou a nudez da alma...

:)

musalia disse...

sophiarui

a melancolia é algo estrutural, muitas vezes. e, também, por vezes, sabe bem...

abracinho

musalia disse...

jim

bom é ter-te de volta:)
suspenso no Verso, suspenso nos dias...

beijo

nameless as a desire disse...

Imagem e palavras... Estigma.

Lila Downs... a voz quente, a paixão.

Este momento... próspero.

Obrigada, Moriana. Uma boa noite.

Anónimo disse...

Passei pra te deixar um bom fim de semana..beijos

fuser

clarinda disse...

ola moriana,

a melancolia é a substância do desejo. É bom desaprender e voltar a aprender.

um beijinho

musalia disse...

nameless as a desire

Lila Downs foi uma descoberta recente. de todas as composições do albúm (recolha de canções mexicanas tradicionais), esta faixa - la cama de piedra - tocou-me profundamente. pelo magnífico arranjo, pela parte instrumental, pela espiritualidade das partes sussurradas a jeito de coral (lembra uma espiral). pela intensa força na sua suavidade. ou pelo entrelaçar de força e suavidade, digamos.
ao ouvi-la, e ouço-a frequentemente, imagino um 'passeio' por uma catedral, meio em penumbra, com rasgos de luz coada pelos vitrais coloridos de rosáceas, de janelas. e de uma figura feminina, indefinida, (quiçá maria madalena:)de vestes diáfanas, brancas, e descalça, claro. só se pode pisar, na nudez dos passos, tamanha sacralidade de lugar e música. muito mais imagino. penso que daria um interessante vídeo :)

um excelente dia. eu é que agradeço.

musalia disse...

fuser

bem vindo:) o dia amanhece risonho, solarengo. espero que se prolongue por todo o fim de semana.
volta sempre. um final de semana excelente, também.

musalia disse...

laerce

também acho, amiga. sobretudo desejar reaprender:)

(muito trabalho?)

beijinhos.

Jaime A. disse...

Fala-me ao ouvido, sim
diz-me onde foste
esbragar paredes
para te doerem as mãos,
diz-me se os malmequeres
ainda crescem
perto dos ninhos das cobras,
se as borboletas
se escapam
por entre as garras dos açores;
fala-me do ponto
onde tudo acontece
e a vida cristalizou;
fala-me de ti
de ti só
sozinho,
lânguido,
suspenso entre o cá e o lá...

musalia disse...

joaquim sobral gil

secos os malmequeres, desfeitos os lírios, na sede da ausência. apenas violetas teimam em crescer junto ao ribeiro dos abetos.
:)

uma boa noite, de lua já desfeita.

Inês disse...

estou maravilhada...*

mitro disse...

...onde mora um reino sombrio!

musalia disse...

inês leal, serão os teus olhos, por certo :)

musalia disse...

o coração, um reino sombrio?...