26.9.07

PAULA

Pinto para dar uma face ao medo





crivelli's garden, 1990
london, national gallery

(…) Eu gosto, em certa medida da restrição. Quando há uma certa restrição, há uma vontade de quebrar. Uma vontade de empurrar as fronteiras. E também quando os limites são definidos, dá-se uma espécie de implosão. Algo que nos obriga a voltar para dentro. Mas cá dentro pode passar-se tudo…








the pillowman, 2004
london, malborough fine art



(…) Tudo o que se faz, faz-se para outra pessoa. É o teatro, e é também a vida. Gosto de saber o que têm as pessoas a ver umas com as outras.


Paula Rego
Exposição antológica
Museu Rainha Sofia
Madrid
(26 de Setembro a 30 de Dezembro, 2007)


(excertos de entrevistas ao JL)



...perhaps, perhaps, perhaps...
...quiçá, quiçá, quiçá...

20 comentários:

Sophia disse...

Sim! Nem todas as pessoas nascem para serem contidas por limites, por definições, por padrões.
Mas acho que nem tudo o que fazemos é para os outros, algumas serão, outras são mesmo só para nós!
Gosto dos quadros!

Baci ;)

clarinda disse...

Olá,


São seiscentos quilómetros, mais coisa menos coisa, boa estrada. Num instante se chega.

beijinhos

Cometa 2000 disse...

também ando a pensar nisso...

quem sabe, quem sabe... madrid aqui tão perto.

Mateso disse...

Criar é não só interior como exterior... assim ...
Paula Rêgo.. .sempre.
Bj.

Paulo disse...

Lindos quadros minha amiga.

Andreia disse...

Acho que estou plenamente de acordo. Tudo o que se faz, faz-se para os outros!

(Também li a entrevista / resportagem do JL :) )

PAULO SANTOS disse...

já um icone Nacional.... Suas telas....at´+e trazem cheiros!

Um beijo


Paulo

Filipe disse...

dar voz ao medo e injustiças
concordo com ela

petroy disse...

gosto das cores e das expressões, gosto do ar de ilustração (que nada tem de) infantil ... gostei de serralves

jorge vicente disse...

cá dentro passa-se o que nunca se ouviu por ninguém, apenas por nós

e as palavras que nunca foram escritas

um abraço
jorge vicente

musalia disse...

sophia, 'arte e constrangimento'....
serão. serão?
eu olho e sinto, o que lá está ou o que não está, melhor dizendo. e é sempre novo ;)

bjs.

musalia disse...

laerce,
por supuesto! (ele há outros meios, também, ;)

beijinhos.

musalia disse...

cometa 200, pensa e faz!
go, go, go!
:)

musalia disse...

mateso, isso e muito mais, sim:)
sempre.

bj.

musalia disse...

olá, amigo Paulo:)
de acordo.
um abraço.

musalia disse...

andreia, creio que tenho lido todas (importantes, igualmente, as que deu quando do 'ciclo da virgem', em Belém).
aconselho, John McEwen e Fiona Bradley.

musalia disse...

paulo santos (já nos encontrámos antes? bem vindo, de qualquer forma:)
gosto de tudo, e as texturas, olhas e é como se tocasses as sedas, os brilhos, os panejamentos.
volta sempre.
um abraço.

musalia disse...

filipe, como Paula diz, 'as coisas que não gostamos de olhar' estão todas, contidas nas suas telas. 'o desconforto', citando, mais uma vez, a pintora.

musalia disse...

petroy, se olhares a Pietá de Paula (palácio de belém)vês essas figurinhas, jesus e a virgem, crianças em cenário produzido como ela caracterizou:'um teatrinho, como se fossem as crianças a representar a história de cristo, no natal'. a face da virgem-criança, em desamparo total em interrogação muda frente ao incompreensível...

serralves, ah, serralves, sítio de paz, de inquietação interior. dos jardins, do café olhando lá fora as áleas entre as árvores.
exposição inesquecível:)

musalia disse...

jorge vicente, olá:)
é isso mesmo, o indizível, está nas suas figurações, nas cores, nas expressões, nos gestos...

abraço.