Nesse momento, não percebi. Ele nunca escrevera, nem pintara, nem fizera música. E detestava os diletantes. Mas lera muito, "metodicamente" - era a sua palavra preferida -, demasiado metodicamente para o meu gosto. eu lia com paixão, segundo o meu gosto e humores. Ele lia como se cumprisse uma das obrigações mais importantes da sua vida. Quando começava um livro, não o largava enquanto não o lesse até ao fim - nem mesmo se o livro o aborrecia ou irritava. A leitura era, para ele, uma obrigação sagrada, adorava a letra como os sacerdotes adoram os livros sagrados. Mas também sofria assim pelos quadros, assim se precipitava para museus, para teatros, para concertos. Interessava-lhe tudo, desde que fosse verdadeiro. Interessava-lhe tudo o que tivesse alma. Eu somente me interessava por ele.
Sándor Márai, A Mulher Certa
gostei de, As Velas Ardem até ao Fim, também li ,A Herança de Heszter...
irei gostar deste?
foto de HotPinkSoda
4 comentários:
acho que gostarás....mas as velas....ardem sempre..........:)
jocas maradas..sempre
também me parece, probabilidade de me agradar :)
bjs., su:)
Olá moriana,
Deverás gostar do livro, sim, mas um que diz mesmo contigo é 'O meu nome é vermelho', de Orhan Pamuk. Aposto que vais adorar.
beijinhos, tou numa fase crítica.
laerce, olá!
imagino a tua carga de trabalho...
quanto a Pamuk e a obra que referes, ainda não a li, tentada, mas em stand-by. agora fiquei mais curiosa ainda:)
beijinhos.
Enviar um comentário