gente há que se submete a estranhos amores por quaisquer artes ... e deixa de existir enquanto ser autónomo ... é difícil entender qual o verdadeiro qual o que tem sentido ...
a frase ganha por ter múltiplos sentidos... não é a arte e o amor transcendência e "concretude"? . . . . . e apesar de tudo... acho que consigo subscrever a frase...
existe um narcisismo quase natural, gostar da própria imagem, do que nos sai das mãos. é quase imprescindível para a sobrevivência mas na maiorias das pessoas esse gosto precisa dum reflexo no "outro"
quantas pessoas conheces que não precisem desse reconhecimento?
concordo com a tua definição de paixão e amor
as pessoas não se apaixonam pela escrita de alguém, apaixonam-se por uma imagem que construiram na cabeça
'Pegue-se num objecto, qualquer objecto Aprenda-se a gostar dele Construa-se sobre ele a teia das nossas fantasias E sinta-se desapontado Quando ele se comporta como mero objecto que é'
claro que é gratificante ter feedback quando se escreve. creio, até, que a escrita, por vezes, se legitima pelo olhar do 'outro'. a temática da recepção ...
mas, há o lado extremo, o exagero. é aí que entra o efeito narcísico, no fundo...a tormenta. daí, talvez, a impossibilidade de se sentir o outro afecto (maior ou manor)
necessidade de reconhecimeto, sim, é legítimo. mas falo (como disse) de excessos. e isso não é benéfico.
a imagem de. mas o que são as palavras, o que elas transmitem, não são imagens? daquilo que lês tomas para ti (este 'ti' é impessoal, evidentemente)a tua interpretação, o teu olhar. ou seja, uma parcela absolutamente subjectiva.
mesmo quando conhecemos o 'outro' construimos, muitas vezes, o que não está nesse 'outro'. um reflexo de nós, talvez, ou a imagem que desejaríamos estivesse.
...e, afinal, esse 'outro' (ou 'objecto', como queiras) não pode ser mais do que aquilo que é. ou seja, reage de acordo com as suas características de 'objecto' X e não de acordo com as nossas expectativas... (comentando o poema que citas, de Luís Rodrigues)
14 comentários:
sim... quem ama a arte raramente consegue "ver-se livre" dela...
paixão e ódio, amor profundo...
a arte entranha-se... e às vezes doi... não há espaço para mais... a não ser o amor... à arte...
Não é o amor à arte tão verdadeiro como qualquer outro que se sinta?!
;) Baci
não acredito.
o amor à arte faz brilhar mais o amor verdadeiro. nada mais.
gente há que se submete a estranhos amores por quaisquer artes ... e deixa de existir enquanto ser autónomo ... é difícil entender qual o verdadeiro qual o que tem sentido ...
a frase ganha por ter múltiplos sentidos...
não é a arte e o amor transcendência e "concretude"?
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e apesar de tudo... acho que consigo subscrever a frase...
é o que Van Gogh confessa ao irmão. e não é assim tão difícil de entender, por vezes, o amor à arte é o que elegemos para a vida...
não sei, sophia. o que define o 'amor', o afecto?
bj.
(continuo a não conseguir comentar-te, o sapo não permite)
tinta no bolso, ' o amor à arte faz brilhar mais o amor verdadeiro'...então defendes que o 'verdadeiro' não é o que se sente pela arte?
petroy, compreendo e já observei essa 'desautonomização'. não a entendo, essa forma de sentir não me faz sentido...
complexo, no entanto...
sim, existem, seguramente, várias perspectivas.
essa ambivalência existe em ambos, creio. por isso, talvez, a procura incessante...
também me faz reflectir, esta frase. subscrever? mas e a tendência para as definições?...
o amor primeiro é às pessoas
já vi muita gente escrever por estar apaixonado
nunca vi ninguém apaixonar-se por estar a escrever
tinta no bolso, há quem se 'apaixone' pelas próprias palavras...efeito espelho de narciso...;)
e há quem ame, sobretudo, a sua própria imagem (o que vem no seguimento do que disse na primeira frase)
paixão e amor, são a mesma coisa? ligo paixão a um estado que não dura muito...
já 'vi' muitas pessoas 'apaixonarem-se' pela escrita de outrém (depois, pode é haver decepção quando se conhecem...)
olha, vê bem o que a frase de van gogh já deu...
acho que tudo depende das expectativas que se tem por ambas: arte e o outro.
existe um narcisismo quase natural, gostar da própria imagem, do que nos sai das mãos. é quase imprescindível para a sobrevivência
mas na maiorias das pessoas esse gosto precisa dum reflexo no "outro"
quantas pessoas conheces que não precisem desse reconhecimento?
concordo com a tua definição de paixão e amor
as pessoas não se apaixonam pela escrita de alguém, apaixonam-se por uma imagem que construiram na cabeça
'Pegue-se num objecto, qualquer objecto
Aprenda-se a gostar dele
Construa-se sobre ele a teia das nossas fantasias
E sinta-se desapontado
Quando ele se comporta como mero objecto que é'
sim, concordo, em parte:)
claro que é gratificante ter feedback quando se escreve. creio, até, que a escrita, por vezes, se legitima pelo olhar do 'outro'. a temática da recepção ...
mas, há o lado extremo, o exagero. é aí que entra o efeito narcísico, no fundo...a tormenta. daí, talvez, a impossibilidade de se sentir o outro afecto (maior ou manor)
necessidade de reconhecimeto, sim, é legítimo. mas falo (como disse) de excessos. e isso não é benéfico.
a imagem de. mas o que são as palavras, o que elas transmitem, não são imagens? daquilo que lês tomas para ti (este 'ti' é impessoal, evidentemente)a tua interpretação, o teu olhar. ou seja, uma parcela absolutamente subjectiva.
mesmo quando conhecemos o 'outro' construimos, muitas vezes, o que não está nesse 'outro'. um reflexo de nós, talvez, ou a imagem que desejaríamos estivesse.
...e, afinal, esse 'outro' (ou 'objecto', como queiras) não pode ser mais do que aquilo que é. ou seja, reage de acordo com as suas características de 'objecto' X e não de acordo com as nossas expectativas... (comentando o poema que citas, de Luís Rodrigues)
:)
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