Os sons da "Canção de Desdémona" (The Willow Song) permanecem no silêncio da sala, muito depois de Renée Fleming terminar a ária.
O que mais me fascina em Othelo , de W. Shakespeare, é, sem dúvida alguma, a figura de Iago. Manipulador inteligente de emoções, torna-se o encenador da própria tragédia, determinando os papéis que cada personagem vai representar, contracenando depois com elas.
Ser e parecer, a arte da aparência, uma das temáticas preferidas de Shakespeare, magistralmente interpretadas por Iago, assumida no monólogo solitário da sua própria reflexão: I am not What I am . No final, remete-se ao silêncio, From this time forth I never speak word. Demand me nothing:what you know, you Know, em desprezo total pela sua própria sorte.
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