Resolvi mudar o tom do dia. Contrariar o hábito de não substituir as cores de, obstinadamente, manter tonalidades fixas em humores, passos e aromas. É tão fácil, basta um leve balançar da mão como quem agarra o tilintar da colher na face interna da chávena. Mas falha. Folhas, secretária, objectos, chão, tudo tomou coloração sépia. E o cheiro do café, reconfortante em manhã iniciada, seguiu o gesto, expandiu-se em espirais de grão torrado, castanho, vibrante. Desta vez não me escolheu, permaneceu apenas, volátil, na determinação da mudança.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário