Sempre que chegas, instala-se o desassossego. Na alma, nos gestos, nos silêncios. No desdobrar de pensamentos. E enquanto te sigo nas veredas desse afecto, estendo sonhos e colho os versos que espalhas por aí, tentando imaginar que são dádivas de um outono que me invade, lentamente. Nesse amor imaginado, a brisa de um desejo, estremece, transtorna, sacode a indiferença acomodada na curva dos meus passos. Repouso nesse instante, nesse olhar inquieto em que agito sentimento, ternura e ânsia de sentir. Para de seguida, enrolar essa inquietação que me toma de me envolver totalmente nos teus braços, de encostar vontade, paixão ao teu peito e deslizar nessa vertigem inventada. E deixar de me encontrar apenas no meu corpo.
Sempre que partes, corro a cidade, protejo-me nos recantos habituais e tento respirar na solidão a acalmia, só ela me devolve o equilíbrio
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