Damos as mãos e vamos caminhando, desiguais nos nossos passos. Desacerto concertado, em assimetria desenhada de sentires.
A brisa, e não há brisa, roça leve em movimento descontínuo. No silêncio da água, a imagem, e não há imagem, de nós dois, estremece, dilui-se em círculos.
O percurso se faz plano, livre de escolhos. E deslizamos, sem sabermos que ao longe, e é tão perto, o caminho se precipita, desistindo de seguir.
Damos as mãos, regressamos de nós mesmos.
E continuamos sentados.
Sem comentários:
Enviar um comentário