E. Kelly, horizontal nude
Rodeada pelo silêncio. Não aquele que sossega. Mas o outro, o que inquieta, o que não chega a ser som, audível apenas no interior, no âmago. O que é impossível transpor.
Sentada no silêncio. Tendo ao fundo o ruído da cidade. Não o que palpita de vida. Mas o outro, de pequenos casulos feitos gente. Incomuncáveis.
Invadida pelo silêncio. Como onda que cresce, avoluma, emerge e naufraga.
Sofucada pelo silêncio. Rasgando, lacerando, corroendo. Impossibilitando.
Liberta pelo silêncio. O que não perturba o outro silêncio. Antes o afaga, o defende.
Sentada no silêncio. Tendo ao fundo o ruído da cidade. Não o que palpita de vida. Mas o outro, de pequenos casulos feitos gente. Incomuncáveis.
Invadida pelo silêncio. Como onda que cresce, avoluma, emerge e naufraga.
Sofucada pelo silêncio. Rasgando, lacerando, corroendo. Impossibilitando.
Liberta pelo silêncio. O que não perturba o outro silêncio. Antes o afaga, o defende.
E grita, de alívio, respirando o silêncio.


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