4.10.05

feeling starálfur



Um branco lunar, intangível e indecifrável recorta-se ante os meus olhos. Pressinto uma harmonia submersa no coro intenso de melancólicas sonoridades, deslizantes, como que presas ao gotejar de fontes. Em imprecisas sombras, imaterialidade de vozes enchem os bosques desenhando névoas e misteriosas paragens. A expectativa e o eco final que em mim permanece são como insustentáveis espaços, em que a aragem roça apenas. Aurora e claridade crepuscular fundem-se nesta beleza que envolve, quase redentora. Indizível.
Poderia morrer por um desses vítreos sons, mas só a inexprimível pureza me alcança.

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