1.11.05

segreda-me, sem palavras

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(marília campos)

na ausência há uma verdade que explode,
tão longa é a noite do nosso abraço.
pedes-me uma palavra inocente, translúcida e nessa transparência
procuro uma âncora que me liberte da densidade do desejo.
em profunda mutez abri a porta para não sufocar na mentira da tua verdade.
ao amanhecer, peço-te, libera sempre o meu amor.


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