3.11.05

buscamos o que em nós pensamos perdido

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terna, a mão acaricia o nácar e o afecto rola na ponta dos dedos. há tanta sede na vertigem dos sonhos, nessa coloração de espantos indizíveis onde talvez exista um país interdito, uma estranha dor, uma recusa em murmurar apenas as palavras possíveis. pressentimos a sombra vulnerável do que em nós teimamos defender.
tão pouco a noite é protectora. nela, uma voz desenha a forma extrema em que buscamos um amor.


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