16.12.05

junto ao inverno que deixaste

74126563_ec68bd3f8a.jpg
(curnoe-sketch)


um só sorriso, inteiro,
quebraria a imensidão em que sufoco. mas qualquer sorriso teu há-de doer intensamente, ontem, hoje e amanhã porque o entrelaças em madeixas, rasgado, em fiapos escapados dos teus lábios.
o mais doloroso é recordar quando me cingias, em vão te desenhava a ternura mas o teu corpo era um abismo de silêncio e deixou de pertencer-me.
reconhece que nos inventámos num momento de nostalgia e então, meu amor, docemente, saberemos que a distância nos aproxima do que não tem significado.


Sem comentários: