16.12.05
junto ao inverno que deixaste
(curnoe-sketch)
um só sorriso, inteiro,
quebraria a imensidão em que sufoco. mas qualquer sorriso teu há-de doer intensamente, ontem, hoje e amanhã porque o entrelaças em madeixas, rasgado, em fiapos escapados dos teus lábios.
o mais doloroso é recordar quando me cingias, em vão te desenhava a ternura mas o teu corpo era um abismo de silêncio e deixou de pertencer-me.
reconhece que nos inventámos num momento de nostalgia e então, meu amor, docemente, saberemos que a distância nos aproxima do que não tem significado.
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