17.4.06

as avisadas palavras de Clara...



…um modo de leitura do mundo, uma percepção literária da vida e da arte e uma memória colectiva estão a ser engolidas pelo modo de ser e fazer da contemporaneidade. Não é um atestado de óbito nem um pensamento apocalíptico, é um diagnóstico de situação. Hoje fazem-se jornais para quem não gosta de ler jornais e escrevem-se romances para quem não gosta de literatura (…) Os franceses de antigamente diriam, apenas, mudámos de paradigma. E mudámos mesmo. Este é o tempo imperial de Dan Brown e de Paulo Coelho, que sempre coexistiram com os romancistas e nunca foram com eles confundidos.

Clara Ferreira Alves, A morte do romance in Pluma Caprichosa
ÚNICA, nº1746, 14 Abril 2006



quem ama a literatura como tu, só pode concordar contigo. eu concordo.

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