- talvez
pudesses salvar-me como uma palavra pode
salvar um pensamento, ou uma
breve música pode acordar do abismo inocente
da noite
um instrumento encerrado nas cordas extenuadas.
Herberto Hélder
eu amava as amendoeiras e os ciciados silêncios dos campos, os trevos sobre a solidão das pedras. mas há um respirar mortal na terra, os rostos que se buscam são nocturnos, frios, não se decifram. a âncora é o mar, o coração sereno das coisas. mar, é o sonho que se despede da dor da vida.
22 comentários:
Se as mãos abertas agarrassem mais as expressões da face dos dias... Se o mar reflectisse com maior exactidão as cores do pensamento em metamorfose... existiriam casas menos despidas e frias, e mais entendimento entre os homens.
(não consegues entrar porque está vazio, apenas, e assim deve continuar) :)
Bom fim-de-semana.
Deixou-se ao vento. Na praia. Desjando que uma onda a levasse para longe. Quem sabe para nunca mais voltar. O mar era eterno e ela queria-o para si. Não pela eternidade. Mas para que lhe devolvesse o olhar. Que um dia perdera... No meio as palavras.
Beijo.
Apetece-me repetir vezes sem conta a magia do teu lugar. Das tuas palavras. Das tuas imagens. Aromas. Cores. Sei lá. Talvez mesmo de ti.
Gosto da foto.
Gosto de Herberto Hélder.
Gosto do teu texto.
Para lá de nós há um mundo que se abraça ou se rejeita...
;) baci
Olá Moriana,
Cada vez mais bonito o teu espaço.
Eu amarei sempre as amendoeiras e mesmo que fantasmas me persigam pelos campos da minha infância digo eu acreditarei sempre que pode ser doce morrer no mar.
Um beijinho
Querida moriana, que grande falha minha, por não te ter ainda dito como gosto do teu novo "moriana".
Ainda amo as árvores que eu tratava por tu e cujos nomes fui esquecendo.
Mas o mar...esse vive em mim, comigo, e gostaria que um dia, ao partir, por lá ficasse.
Beijos, minha amiga
Sou feita de mar... insular :)
A tua escrita não pára de me surpreender.
Cada vez mais gosto de vir aqui.
Estás tão fluida e intensa nas tuas palavras que a tua linguagem se torna por vezes uma somatizaçao das paisagens interiores que descreves...
fica bem,
jim
um dos teus mais belos posts.
deixo o meu abraço,a minha estima e o meu apreço.
Tá lindo, o blog. As tuas palavras...são sempre belas.
Beijinho, Mori
nameless as a desire, o 'se' é uma palavra terrível. como se agarram as expressões (que nem sempre correspondem ao íntimo), como há exactidão na cor do mar se está em constante mutação e reflecte as inúmeras tonalidades do céu, como...
(já tinha percebido.múltiplos são os caminhos)
boa semana.
Pedro Branco
a onda levou-a, não voltou. ficou, como alfonsina, entre 'las serenitas'. de nada lhe valeu a palavra.
imaginou, creio. acreditou na magia do mar.
beijo
(não se desite da terra do nunca:)
Sophia
por vezes é o mundo que nos rejeita, na forma como se nos apresenta a vida. às vezes :)
baci.
laerce
assusta-me morrer no mar. e o seu marulhar tranquiliza-me.
as amendoeiras? lindissimas nesta época embora já a despedirem-se das delicadas pétalas.
(em construção, faltam os pormenores)
beijinhos.
Helena, elogiar? nada, não:) gosto da tua presença mas não para isso:)
sobre o mar, já o disse à laerce, amo-o tanto como me assusta.
beijinhos, amiga.
também eu, Claudia :) a ele não podemos fugir.
jim, e eu? quando tenho o prazer de te voltar a ler? bem que passo pelo teu canto mas nunca estás...
beijos, é bom ter-te por cá:)
aquilária, tenho palavras para ti. vamos lá a ver se não falho:)
(tentei a sugestão, não me aceitou)
um abraço forte.
enfim, Yardbird, é tudo uma belezura. ora, ora!
beijinho:)
conceição bernardino, se pensarmos na 'verdade' em qual é que pensamos?
volta sempre, beijinhos:)
No mar encontro a paz que as palavras não me oferecem..
é isso, magarça, a paz. tranquilidade.
:)
...*
Enviar um comentário