(...)
Nem só de mar é feita a minha praia
a vaga vaga que vem vindo enquanto viva
e que fica na página na forma de palavra
palavra fotográfica de coisas
e condição de paz de pensamentos
Pedra a pedra construo o meu poema
e é nele que dos dias me defendo
...
Ruy Belo, pequena história trágico-terrestre
vida, porque havias de trazer ao esquivo dos dias
porque havias de trazer o gosto pela tua outra face onde
a solidão se faz abrigo…
a solidão se faz abrigo…
23 comentários:
Espero, sinceramente, que essa outra face leve, senão uma lambada, pelo menos uma sacudidela que traga de volta à luz, à tona, tudo aquilo que de precioso partilhas neste cantinho acolhedor.
Fazes-nos falta. :)
(a inevitável finitude do que se nomeia diz tudo. é recíproca, a sensação, mesmo numa via de sentido único.)
Que as ausências não se acomodem ao aperto dos dedos na palma da mão.
moriana,
a outra face está distante, é a outra.Mas parece às vezes dentro de nós.
beijinhos
nameless as a desire
também o espero. as palavras hão-de empurrar, como sempre, a sensação de asfixia. soltar-se-ão.
neste momento as mãos são vertiginosas no movimento de folhear páginas. ausência exterior, apenas. reflexão silenciosa, muita. aparentemente silenciosa.
sempre nos habituamos áquela pedra que se apresenta, diariamente, no nosso caminho. obrigada por a aperceberes:)
laerce
estará assim tão distante? o somos nós que a escondemos num cantinho, em nós? não sei...
beijinho.
eterno..
finito, também, unicus.
Olá moriana! Já cá não deixava comentário há algum tempo, mas aparecia sempre para te ler... Continuas a saber escrever como ninguém, e continuo a adorar cada palavra :)
Beijos :)
porque apenas seremos humanos amando-nos em plenitude.
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porque às vezes é por aí que queremos ir
..........precisamos da solidão para lamber as feridas.........
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Beijo e noite serena
Não existe frio sem calor, nem luz sem escuridão tanto quanto ódio sem amor ou sim sem não.
A solidão é uma maravilha que mata de liberdade.
Num há nada mais dissimulado do que a morte: vem sem aviso, não pede para entrar mas, depois de entrar, já ninguém consegue pedir para ela sair :oD
Um beijo daqueles :o)
Porque o dia, não é dia sem noite e a vida não tem o mesmo valor sem se reconhecer a morte?
Acho que ela não é dissimulada, nós é que preferimos não a olhar de frente!
;) Baci
Nem o sofrimento fica feio aqui.
Se morres, morremos contigo, ao ler-te.
Bom feriado :)
Diogo
e eu, além de te ler, ouço lerem-te ;)
(agradável surpresa)
abraço.
antoniojoaomoito
por certo, muito certo :)
antonio paiva
caminhos que escolhemos, às vezes, tanto que há o risco de nos perdermos. mas há a hipótese de deixarmos cair migalhinhas de sonho para regressarmos :)
beijos, noite serena, também.
sm
o verso e o anverso, é isso:)
mata 'de' ou mata 'a'?...
alphy
bem regressado sejas:)
não conseguir pedir pode ser uma forma de libertação. de paz, quem sabe.
outro, daqueles:)
Sophia
o teu comentário leva-me ao filme 'O sétimo selo', de Bergman: o cavaleiro jogava xadrez com a morte, frente a frente...ganhava sempre. até um dia...
baci:)
bruna
'aqui ninguém morre sem mim', é isso? ninguém vai morrer, ora essa!
(lindinha:)
beijos, bom feriado.
Mata "de"! Porque a solidão é uma forma de liberdade, uma que nem sempre escolhemos mas que sempre nos acolhe de braços abertos.
E neste caso seria o verso e o ad'verso... :)
sm
pois, não há bela sem senão...
creio que a liberdade está muito ligada à solidão. sobretudo quando é por esolha...
...*
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