13.2.08

Sauras-tu jamais ce que les doigts pensent



(...)
Donne-moi tes mains pour l'inquiétude
Donne-moi tes mains dont j'ai tant rêvé
Dont j'ai tant rêvé dans ma solitude
Donne-moi tes mains que je sois sauvé

Louis Aragon




foto de Francesca Woodman








les mains sont visages sans yeux et sans voix, mais qui voient et qui parlent, la main est action:elle prend, elle crée, et parfois on dirait qu'elle pense.
l'esprit fait la main, la main fait l'esprit
.

Henri focillon, Éloge de la main

8 comentários:

Filipe disse...

Quis deitar os dedos das mãos
Quando conseguia adormecer um,
acordava eu.

E estive muito tempo a sonhar assim.

(António Martinho)

bj

clarinda disse...

Encore la main pour expliquer l'âme solitaire du poète. Mais aujourd'hui, le meilleur est la main dans la main, n'est-ce pas?

bisou

musalia disse...

:) filipe, dão-nos sobressaltos os dedos, tropeçam nas palavras...

bj.

musalia disse...

toujours. l'âme solitaire du poéte et la main dans la main. pas aujourd'hui, tous les jours;)

bisou, toi.

bruno disse...

muito boas citações, musalia.
(e há uma estranha sabedoria nelas..)

musalia disse...

H. Focillon é um 'velho' conhecido, caminhos medievais da arte. Aragon, nem é preciso dizer mais, não é verdade? leva-nos a Breton e tantos outros e outras coisas.
a mesma temática, que me é muito 'cara', muito apelativa.
Les mains d'Elsa e La Vie des Formes.
estranho e sábio abraço
bruno.

bruno disse...

gostei muito do estranho e sábio abraço. numa enunciação possível dos abraços, esse seria dos melhores (precisamente no que dele nela não cabe..)
e ainda que mal pergunte, que caminhos medievais foram esses?

musalia disse...

talvez o seja por não ser, por não ter sido. é que, sendo, define-se e ao sê-lo, limita-se. assim cercado, definha, morre o sonho de um dia vir a ser. hiperbolizado, infinito e indefinível...
(mas há momentos em que abraço é refúgio - e já estou a defini-lo...)

caminhos da arte, história da arte. Focillon e a arte românica e gótica. as catedrais, A Arte do Ocidente, O Ano Mil e...
um dia, querendo entrar no segredo das pedras, veio a veleidade de achar que a literatura daria um importante contributo à arte. 'não, não! é o contrário!' mas lá entrei...acredita que tenho saudades da literatura, meus primeiros passos. mas a arte é paixão que não morre (talvez a unica)

(lembras-te da igreja nórdica? iluminada, sempre...)

abraço, só e bastante.