9.11.04

dormência


(pajeczyna 07, teia )

Posso cruzar aquela porta. E é a possibilidade de recusa que me faz olhá-la intensamente. É giratória, a porta. Lá dentro espera-me um calor convidativo. Apenas convidativo. Mas dormente.
Sentada no banco de pedra, o ar crescendo em vento fresco assoma em arrepio. E o impulso para a porta é o que o ar me impele.
Mas aqui, sinto. Lá dentro tudo se dilui em quentura de aconchego, de dormência. E os sentidos enrolam o sentir, deixando a alma adormecida.
Fico, não a cruzo.

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