4.11.04

equívoco


(Eric J. Logan, The Beginning )


Um dia. Mais um dia. E a vida que se escoa sem roçar sequer a alma. Vai andando, corre célere, evola-se, nem damos por ela. Não a sentimos. Talvez por se esconder nas sombras.
É preciso colori-la. A vida, porque a alma nada a toca, permanece fechada dentro de nós. Guardada, embrulhada, por decifrar.
E os sons, as palavras, aquelas que escrevemos com sentimento e as outras, as que escrevemos com o olhar, com o sentir, com o tacto, voam longe, procurando não sei que universo de sentidos, sem história, por modelar. Esperando tatuagem de impressões. As que a alma não revela. As que a vida não comporta.
Tudo é equívoco.

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