(Richard Esposito, The sky )
Se eu seguisse o voo dos pássaros. Mas não sigo. Arrebato apenas o movimento.
Tento o equilíbrio entre passado e presente tocando aquele ponto de vertigem. Mergulho nele como se agarrasse a tábua na solidão do mar em angústia de naufrágio.
Perco-me no ímpeto das vagas, diluindo-me, bebendo em golfadas o sal da maresia.
Solto os afectos, deixo-os flutuar à minha volta. Retomo-os depois, em pequenas carícias, imprimindo-lhes coloridos de vozes, de sons, de palavras faladas em sensações de descoberta.
Assim desnuda de aparências, aporto à minha ilha.
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