Por um caminho semelhante caminharão outros passos.
Nas mãos ,as flores, no olhar o vazio da ausência. E os gestos repetir-se-ão.
Entre os mármores, procuro as pedras lisas, aquelas que escolhi para repousar as rosas, de um vermelho muito vivo. Em contraste com o silêncio em volta.
Serenamente, afasto a poeira que o vento levantou. Não olho. Apenas as coloco, em posição assimétrica.
Um arrepio apressa-me o regresso. Penso, lá fora, brilha o sol, mesmo que a névoa não se dissipe.
Um outro pensamento, súbito, rasga-se, nítido, em mim.
Por um caminho semelhante não ouvirei já o som dos meus passos.
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