Elena Gorodenskaya, Fromapplespointofview
Senti o teu perfume, ao acordar. Espalhado nos cabelos.
O corpo doía pela ausência, em abandono intenso, de noite rubra de sonho. Nas mãos a carícia do desejo, embriagado, em desalinho de sentidos. Nessas horas contabilizadas em claridade desperta, de vigília amanhecida.
Olhei-te e descerrei as pálpebras. No silêncio, ouvi o respirar da tua pele, senti o sussurrar do teu prazer.
Apenas me encontrei.
Senti o teu perfume, ao acordar.
Mas não consigo reconstruir o teu rosto. Não me lembro do teu nome.
Não sei quem és.
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