chegava à beira das noites
repousava a sombra sobre a parede abandonada e inventava,
inventava novos silêncios para não despertar de novo
no amor
inventava novos silêncios para não despertar de novo
no amor
é o meu ser que se escreve nas minhas mãos vazias. o meu ser suspenso dos meus dias.
22 comentários:
Olá Moriana, adoro teu blog, teus poemas e os textos que inseres.. Tudo do melhor bom gosto. Já venho aqui a muito e me delicio de verdade. Para mim és uma poeta... Abraço
o amor,
tantas vezes inventado,
ooutras tantas abandonado,
levou-a a procurar a parede,
inventada,
abandonada,
e de mãos vazias,
agarrar o nada.
Não se evita o amor com silêncio... no silêncio inventado perde-se o amor.
Mas sabe bem poder estar em silêncio com o amor!
;) Baci
O amor adormecido é o mais perigoso. Acorda sem ningúem estar à espera. Ladrão dos pezinhos de lã...
:)
Nem o silêncio lhe barra o caminho. É um sentimento rebelde e mal educado, que nos irrompe pela casa a dentro, mesmo quando está desarrumada e não espera visitas, e se instala. E é ele que desperta em nós, à hora que escolhe. Espreguiça-se languidamente com um sorriso felino nas entranhas e demora-se infinitamente a partir, quando parte, de todo.
Tem vida própria. Respira-se.
O seu espaço é soberbo e os seus textos envolventes. Fiquei deveras surpreso. Deixo o meu link que gostaria que visitá-se e comentá-se: www.ajmpoetry.blogspot.com
os meus cumprimentos
Excelente blog, os meus parabéns...
muito bom este poema e tão bem conjugado com a imagem...
(eu já te mostro as tranças)
a sombra na parede abandonada...
Obrigado pelo comentário no blog que dedico à arte do meu pai :)
Eu tenho um blog "pessoal", onde escrevo algumas coisas... http://serenismo.blogspot.com
A arte da carpintaria e marcenaria ainda vive, essencialmente na zona norte do país, mais concretamente em Paredes e Paços de Ferreira...
Só quem conhece o cheiro da madeira, as fitas, o serrim, as talhas e as almofadas, as ilhargas e as cabeceiras... É de facto uma arte que vai morrendo...
Parabéns por este teu blog :)
Fica bem,
Miguel
moriana,
será então um excelente domínio do princípio da emoção, essa invenção do silêncio.
beijinhos
olá jpcfilho :) bem vindo ao meu espaço de pensamentos.
grata pela gentileza das palavras, que elas nunca me(te) falhem.
volta sempre
abraço.
joaquim sobral gil (desta vez não me enganei no nome:)
por vezes é difícil distrinçarmos o real do imaginado. e, até tem o seu encanto. se não extravasarmos o aceitável, bem entendido:)
sophia
não se evita nada que não dependa apenas do nosso querer, é certo. por outro lado, procura-se o que se não pode evitar (atentos às consequências).
agora, inventar, inventa-se tudo! e sabe bem, quando o que se inventa é mais apetecível que certas realidades. e podemos controlar essa invenção. aí, reside, a sua grande apetência e magia;)
o silêncio...sabe sempre bem, acompanhado ou não...
baci.
bruna
gosto muito desta tua imagem:) (a da foto e a metafórica)
humm e se colocassemos uns guizinhos?
:)
nameless as a desire
penso que a sua mais inquietante característica é a contínua renovação, de uma forma ou de outra. renasce, como a fénix. em outro corpo, em outro olhar, em outro tempo. um ciclo, ainda.
encanta. seduz. floresce. fenece.
não há trinco, nem chave que o detenha...
antoniojoaomito
bem vindo:) agradeço as palavras. visitar-te-ei, prometo.
volta sempre.
gravepisser
obrigada pela visita e pelas palavras. irei pelo teu caminho.
aparece, serás bem vindo:)
menina limão
(tranças?! são tranças?! :)
gostei muito da imagem, sim.
sophiarui
tanta sombra nesta rua...é o maravilhamento das imagens a preto e branco:)
miguel
já conheci os dois blogs.
é tudo o que dizes, a madeira. ganha vida nas nossas mãos (nas de quem a entende, está claro).
obrigada pela visita, volta sempre.
um abraço.
laerce
o silêncio pode ser a própria emoção. mas se se consegue dominá-la já não sei. nem se a 'menina' acordou de novo no amor ;)
beijinhos.
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