19.4.07

em cada noite solar

foto de geoffrey demarquet


chegava à beira das noites
repousava a sombra sobre a parede abandonada e inventava,
inventava novos silêncios para não despertar de novo
no amor

22 comentários:

jpcfilho disse...

Olá Moriana, adoro teu blog, teus poemas e os textos que inseres.. Tudo do melhor bom gosto. Já venho aqui a muito e me delicio de verdade. Para mim és uma poeta... Abraço

Jaime A. disse...

o amor,
tantas vezes inventado,
ooutras tantas abandonado,
levou-a a procurar a parede,
inventada,
abandonada,
e de mãos vazias,
agarrar o nada.

Sophia disse...

Não se evita o amor com silêncio... no silêncio inventado perde-se o amor.
Mas sabe bem poder estar em silêncio com o amor!

;) Baci

Bruna Pereira Ferreira disse...

O amor adormecido é o mais perigoso. Acorda sem ningúem estar à espera. Ladrão dos pezinhos de lã...

:)

nameless as a desire disse...

Nem o silêncio lhe barra o caminho. É um sentimento rebelde e mal educado, que nos irrompe pela casa a dentro, mesmo quando está desarrumada e não espera visitas, e se instala. E é ele que desperta em nós, à hora que escolhe. Espreguiça-se languidamente com um sorriso felino nas entranhas e demora-se infinitamente a partir, quando parte, de todo.
Tem vida própria. Respira-se.

Anónimo disse...

O seu espaço é soberbo e os seus textos envolventes. Fiquei deveras surpreso. Deixo o meu link que gostaria que visitá-se e comentá-se: www.ajmpoetry.blogspot.com
os meus cumprimentos

Demian disse...

Excelente blog, os meus parabéns...

Menina Limão disse...

muito bom este poema e tão bem conjugado com a imagem...


(eu já te mostro as tranças)

sophiarui disse...

a sombra na parede abandonada...

Zé Miguel Gomes disse...

Obrigado pelo comentário no blog que dedico à arte do meu pai :)

Eu tenho um blog "pessoal", onde escrevo algumas coisas... http://serenismo.blogspot.com

A arte da carpintaria e marcenaria ainda vive, essencialmente na zona norte do país, mais concretamente em Paredes e Paços de Ferreira...

Só quem conhece o cheiro da madeira, as fitas, o serrim, as talhas e as almofadas, as ilhargas e as cabeceiras... É de facto uma arte que vai morrendo...

Parabéns por este teu blog :)

Fica bem,
Miguel

clarinda disse...

moriana,

será então um excelente domínio do princípio da emoção, essa invenção do silêncio.

beijinhos

musalia disse...

olá jpcfilho :) bem vindo ao meu espaço de pensamentos.
grata pela gentileza das palavras, que elas nunca me(te) falhem.
volta sempre
abraço.

musalia disse...

joaquim sobral gil (desta vez não me enganei no nome:)

por vezes é difícil distrinçarmos o real do imaginado. e, até tem o seu encanto. se não extravasarmos o aceitável, bem entendido:)

musalia disse...

sophia

não se evita nada que não dependa apenas do nosso querer, é certo. por outro lado, procura-se o que se não pode evitar (atentos às consequências).
agora, inventar, inventa-se tudo! e sabe bem, quando o que se inventa é mais apetecível que certas realidades. e podemos controlar essa invenção. aí, reside, a sua grande apetência e magia;)
o silêncio...sabe sempre bem, acompanhado ou não...

baci.

musalia disse...

bruna

gosto muito desta tua imagem:) (a da foto e a metafórica)
humm e se colocassemos uns guizinhos?
:)

musalia disse...

nameless as a desire

penso que a sua mais inquietante característica é a contínua renovação, de uma forma ou de outra. renasce, como a fénix. em outro corpo, em outro olhar, em outro tempo. um ciclo, ainda.
encanta. seduz. floresce. fenece.
não há trinco, nem chave que o detenha...

musalia disse...

antoniojoaomito

bem vindo:) agradeço as palavras. visitar-te-ei, prometo.
volta sempre.

musalia disse...

gravepisser

obrigada pela visita e pelas palavras. irei pelo teu caminho.
aparece, serás bem vindo:)

musalia disse...

menina limão

(tranças?! são tranças?! :)

gostei muito da imagem, sim.

musalia disse...

sophiarui

tanta sombra nesta rua...é o maravilhamento das imagens a preto e branco:)

musalia disse...

miguel

já conheci os dois blogs.
é tudo o que dizes, a madeira. ganha vida nas nossas mãos (nas de quem a entende, está claro).

obrigada pela visita, volta sempre.

um abraço.

musalia disse...

laerce

o silêncio pode ser a própria emoção. mas se se consegue dominá-la já não sei. nem se a 'menina' acordou de novo no amor ;)

beijinhos.