1.10.07

e o corpo finge que finge...


(...)
- E nada mais somos do que o Poema onde as crianças
se distanciam loucamente.
Loucamente.

Herberto Hélder


12 comentários:

Mateso disse...

Poema triste, gasto ou desfeito? Será esse o poema de nós?
Beijo.

Sophia disse...

E esse fingir o fingimento não será mais que uma protecção?
Há dias em que não somos mais que isso...

Baci

CNS disse...

E continuamos a fingir que fingimos que não nos distanciamos. Talvez para não nos perdermos...

um beijo

Paulo disse...

Fingimos que somos algo, sem que sejamos alguma coisa. Somos aquilo que somos ou aquilo que o Poeta quer que sejamos?

Jaime A. disse...

E no rasto que deixam
há um lago
bordado a pincel,
na distância louca
do pés fugidios...
Pontinhos ao longe,
que nos levam
à quase loucura
de não podermos
brincar, de novo,
a nossa infância
matizada
de memórias que não foram,
e escorrem
p'los nossos lábios luminosos
ardentes de memória.

musalia disse...

poema muito belo. talvez...
bj., mateso :)

musalia disse...

persona, persona, persona :)
bjs., sophia

musalia disse...

interessante essa interpretação...
bj. cns.

musalia disse...

creio que o Poeta é a única pessoa que nada quer.
bj., Paulo :)

musalia disse...

muito belo, o teu poema, jaime a.
:)

eyeshut disse...

eu deixei de ter palavras para este senhor... bem tento, mas não consigo. ele é um Poema muito alto.

__________________________________*

musalia disse...

eyes &, este senhor ouve-se, ouve-se e ouve-se, infinitamente...
:)