...um tempo marcado, uma música em suspiros que decaem suaves. Nesses tempos, a harpa sorria em tons de azul, em si maior, quase rejubilava. Então, chegou o outro tempo (o das fábulas obscuras...) em que nem a cítara ou a harpa já sorriam; o desfeito horizonte, já nem marcava a síncope, e as marés já nem escorregavam noite fora; as águas eram (agora) taciturnas, e o sortilégio era agora o da memória (tão em deslize, tão inclinada!) enquanto todas as mãos se dirigiam a uma espiral de vento...
19 comentários:
E quem é o músico?..
Lacerando... sim, por vezes acho que é mesmo isso.
;) baci
Se calhar, a única forma de dizer que aquele tempo existiu.
Beijinhos
A luz no tempo é um instantâneo, tal como um sopro ou uma brisa que passa e já passou, no tempo que já foi tempo.
Ali uma harpa.
e a percepção do real ...
quem descobrir a música :)
fallen angel, olá.
por vezes, muitas vezes...:)
bj., sophia
laerce, provavelmente. :)
beijinhos.
paulo, o tempo das ilhas, nas ilhas :)
bj.
a harpa tem um som encantatório, A.
:)
sim, petroy, e é isso que dilacera...
:)
E n é esse o feitiço da musica,
A redimensão do tempo...?
sim, concordo. a intemporalidade.
bom ouvir-te, jim :)
...um tempo marcado,
uma música
em suspiros
que decaem
suaves.
Nesses tempos,
a harpa sorria
em tons de azul,
em si maior,
quase rejubilava.
Então,
chegou o outro tempo
(o das fábulas obscuras...)
em que nem a cítara
ou a harpa
já sorriam;
o desfeito horizonte,
já nem marcava
a síncope,
e as marés
já nem escorregavam
noite fora;
as águas eram
(agora)
taciturnas,
e o sortilégio era agora
o da memória
(tão em deslize,
tão inclinada!)
enquanto todas as mãos
se dirigiam
a uma espiral de vento...
jaime a., bela a descrição do fluir do tempo...nos afectos.
'citara' é uma palavra tão linda...
:)
e os dias vão-se desfazendo no horizonte...*
ou os dias vão-nos construindo por dentro da luz, ao som das nossas mãos de pele e mãos imaginárias...
______________________________*
eyes &, as duas possibilidades :)
bjs.
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