A casa vazia a acomodar-me o corpo, as palavras a roubarem-me o silêncio dos lábios, a caírem-me nos dedos. E eu a pendurá-las em cada ferida das paredes nuas, magoadas, de muito terem amado outros gestos.
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é o meu ser que se escreve nas minhas mãos vazias. o meu ser suspenso dos meus dias.
22 comentários:
Que encanto, gentil moriana, aqui poder sempre voltar...
Beijos.
que bonita a tua frase. é estranho como os lugares se nos apegam desta forma ... e se tornam tão íntimos
raramente as casas nos aconchegam o corpo...
que o meu abracinho te aconchegue musalia...
;)
I could rent your words...
A imensa dor da casa vazia de mim, a imensa alegria da casa a preencher de mim. O rodar da nora com seus alcatruzes de sorte vária. Que é sempre vária mas, ainda, sorte.
Como falar do resto maioritário?
e esta casa ilumina-se sempre que vens (ou não reconhecesse ela os teus passos no saibro do jardim...:)
petroy, os lugares são testemunhas da nossa vida. por isso nos regugiamos neles...ou os abandonamos.
as casas também nos abraçam, sophiarui...
abracinho aceite e outro para a troca:)
you can´t, my words are not to let
:)
samy, é isso mesmo. olhei a foto e senti o vazio e o seu possível preenchimento. o resto...vai surgindo a cada milímetro de parede...
bj.
não sei como vim aqui ter, mas não quero passar daqui: tenho medo de me encantar
luísa ribeiro, talvez tivesses seguido o trilho de um dos livros da 'minha mesinha de cabeceira'...;)
bem vinda, volta sempre.
qual será?
tenta, Lunário, de Al Berto :)
Há espaços que se confundem connosco de tão parte de nós que se tornam!
;) Baci
é isso, sophia:)
bjs.
há paredes frias (como estas) onde ainda se percebe claramente o calor
também 'vi' e 'senti' isso, tinta no bolso :)
Quelindo, Moriana!
Há espaços que nunca deixarão de ser nossos e connosco se confundem, pelas memórias que carregam.
Um beijo azul
helena, as casas contam tantas histórias (mesmo não sendo as nossas) e têm vozes, calor ou frio :)
ou não as suportamos pelas memórias que guardaram...
beijo azulineo.
Ontem também comentei este, dizia-te então que fizeste bem em alugar a casa porque assim proteges as memórias dos elementos naturais de desgaste. Tens a chave, entras e sais quando quiseres. Tenho a certeza que é um lugar aconchegante.
A menina lá em cima que espera, de facto, o fardo, quero dizer, as tábuas parecem pesadas. Vou lendo inglês, este que ali deixaste não é difícil, penso. De Italo Calvino, nas cidades invisiveis, há uma que se chama moriana.Gosto imenso desse livro. E verdade escrever a luz, de tão bela, é impossível.
beijinhos
não dei pelo teu comentário, laerce, desculpa! às vezes o blogger prega-nos partidas.
descobri esta imagem e fiquei presa aos traços de vida que por ali devem ter passado. nas paredes há traços :)
As Cidades Invisíveis, é um livro fascinante, também acho. quase uma interpretação irónica de Il Milione...e, sem dúvida uma magnífica junção do onírico com a realidade.
beijinhos.
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