pietá
«beati, qui lugent nunc,
quoniam ipsi consolabuntur»
(bem-aventurados os que choram agora
pois esses serão consolados)
acredita-se até quando se deixa de acreditar
e ainda se acredita
é o meu ser que se escreve nas minhas mãos vazias. o meu ser suspenso dos meus dias.
21 comentários:
sim!
abraço de consolar destas mãos de cinza
assustam-se, sim. custa enfrentar, creio que é isso.
é tudo o que dizes, samy. sou profundamente admiradora da sua pintura. este ciclo da virgem, é fascinante e arrasador, emocionalmente.
abraço enorme!
:)
sophia:) são de cinza as mãos de todos nós. mas algumas conseguem brilhar mais que ouro...
beijo.
Moriana,
Paula Rego inquieta e tranquiliza. A leitura da Biblia também.
Aqui está um bonequinho com um sorriso rasgado.
Um beijinho
laerce
será como dizes, por certo.
obrigada pelo sorriso.
e é como samartaime diz: catarse
:)
beijos.
«Virgo virginum praeclara,
mihi jam non sis amara,
fac me tecum plangere.»
hoje moriana, o silêncio
intraduzível que vozes várias
cantam claras
ainda.
Olá Moriana,
Pois..."o acreditar"...até sempre ou até quando!
Sempre as frases que nos fazem pensar ou a viagem pelos teus pensamentos! :)
beijinho grande
Há quem chame Fé a um acreditar assim!
O quadro é fenomenal!
;) Baci
Xiiiiiiiii, há que tempos que aqui não vinha! Até fizeste obras e tudo!... :)
Pois é, muuuuuuuuito, muuuuuuuuuuito trabalho mesmo!... Mas voltarei!... :)
Melhor definição para acreditar não podia haver!... :)
bruno béu :)
divino, 'Stabat Mater'!
«Quando corpus morietur
Fac ut animae donetur
Paradisi gloria.»
e, ouçamos, em silêncio.
Joana :)
saudades das tuas palavras.
os meus pensamentos...verdade, reflexões num momento de incredulidade, diria.
beijo grande.
Sophia, menina linda!!! reapareceste:) foi a primavera aproximando-se.
todos os quadros deste ciclo são fabulosos. este, o meu preferido.
baci:)
sotinha, outra desaparecida:) as amendoeiras, já cobriram os campos com as flores desfeitas...
continuo em obras, com calma.
acreditar...a esperança ficou na caixa de Pandora, valha-nos isso.
beijocas:)
Nunca quis que as minhas lágrimas inundassem seja o que for. Acreditei sempre que ficariam a pairar, talvez dançando, pelo infinito, até aterrarem numa qualquer poeira que as levaria para fora da minha casa. Enganei-me. As minhas lágrimas - como todas, aliás - desaguam sempre em nós. A sua mais improvável e destinada foz. Por isso, de cada vez que choro, sei que uma maré enche a praia.
Beijo.
Huummm lembras-te de uma história do Mário Henrique-Leiria?... quando se espera acaba-se esborrachado...
Dark kiss.
Quero acreditar na força do latim.
:)
Pedro Branco
talvez as lágrimas sejam uma outra purificação. da alma.
beijos.
KLATUU
sempre balancei entre 'quem espera desespera' (o que é verdade) e 'quem espera sempre alcança' ( o que nem sempre acontece).
(atendendo às regras de trânsito...às vezes acaba-se esborrachado;)
dark kiss.
bruna
vamos sempre às fontes, ao limite. da nossa resistênica.
:)
creio que passamos os olhos por este quadro com os mesmos passos e sentires diferentes. Há algo de estranho na Paula Rego que me inquieta em angustias. Perco-me na cor e fujo das suas sombras.
Não gosto de sombras que gritam em silêncio e nos perseguem. Não fosses tu e olhava a Paula Rego de outra forma... só pó e cor. Hoje sinto toda a sua angustia e dor, e pergunto-me o que a leva a pintar o que nós , os outros ...escondemos no silêncio do sentir
é verdade, Almaro. creio que nesse dia os nossos olhares se complementaram, na belissima (permite-me) exposição de Paula Rego. e foste uma achega valiosa, a tua interpretação. perspectivas diferentes são sempre enriquecedoras.
é um mistério, tanto as palavrs que se nos soltam como as cores e traços a que damos vida. provavelmente algo que grita em nós e tem de sair, uma espécie de catarse, como diz Samartaime.
(já tenho saudades de Serralves)
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