28.2.07

playground

Paula Rego
pietá


«beati, qui lugent nunc,
quoniam ipsi consolabuntur
»
(bem-aventurados os que choram agora
pois esses serão consolados)



acredita-se até quando se deixa de acreditar
e ainda se acredita

21 comentários:

sophiarui disse...

sim!

abraço de consolar destas mãos de cinza

musalia disse...

assustam-se, sim. custa enfrentar, creio que é isso.
é tudo o que dizes, samy. sou profundamente admiradora da sua pintura. este ciclo da virgem, é fascinante e arrasador, emocionalmente.

abraço enorme!
:)

musalia disse...

sophia:) são de cinza as mãos de todos nós. mas algumas conseguem brilhar mais que ouro...

beijo.

clarinda disse...

Moriana,

Paula Rego inquieta e tranquiliza. A leitura da Biblia também.

Aqui está um bonequinho com um sorriso rasgado.

Um beijinho

musalia disse...

laerce

será como dizes, por certo.

obrigada pelo sorriso.
e é como samartaime diz: catarse
:)

beijos.

bruno disse...

«Virgo virginum praeclara,
mihi jam non sis amara,
fac me tecum plangere.»

hoje moriana, o silêncio
intraduzível que vozes várias
cantam claras

ainda.

Joana disse...

Olá Moriana,

Pois..."o acreditar"...até sempre ou até quando!

Sempre as frases que nos fazem pensar ou a viagem pelos teus pensamentos! :)

beijinho grande

Sophia disse...

Há quem chame Fé a um acreditar assim!

O quadro é fenomenal!

;) Baci

sotavento disse...

Xiiiiiiiii, há que tempos que aqui não vinha! Até fizeste obras e tudo!... :)

Pois é, muuuuuuuuito, muuuuuuuuuuito trabalho mesmo!... Mas voltarei!... :)

Melhor definição para acreditar não podia haver!... :)

musalia disse...

bruno béu :)

divino, 'Stabat Mater'!

«Quando corpus morietur
Fac ut animae donetur
Paradisi gloria.»

e, ouçamos, em silêncio.

musalia disse...

Joana :)

saudades das tuas palavras.
os meus pensamentos...verdade, reflexões num momento de incredulidade, diria.

beijo grande.

musalia disse...

Sophia, menina linda!!! reapareceste:) foi a primavera aproximando-se.

todos os quadros deste ciclo são fabulosos. este, o meu preferido.

baci:)

musalia disse...

sotinha, outra desaparecida:) as amendoeiras, já cobriram os campos com as flores desfeitas...

continuo em obras, com calma.

acreditar...a esperança ficou na caixa de Pandora, valha-nos isso.

beijocas:)

Pedro Branco disse...

Nunca quis que as minhas lágrimas inundassem seja o que for. Acreditei sempre que ficariam a pairar, talvez dançando, pelo infinito, até aterrarem numa qualquer poeira que as levaria para fora da minha casa. Enganei-me. As minhas lágrimas - como todas, aliás - desaguam sempre em nós. A sua mais improvável e destinada foz. Por isso, de cada vez que choro, sei que uma maré enche a praia.

Beijo.

Klatuu o embuçado disse...

Huummm lembras-te de uma história do Mário Henrique-Leiria?... quando se espera acaba-se esborrachado...

Dark kiss.

Bruna Pereira Ferreira disse...

Quero acreditar na força do latim.

:)

musalia disse...

Pedro Branco

talvez as lágrimas sejam uma outra purificação. da alma.

beijos.

musalia disse...

KLATUU

sempre balancei entre 'quem espera desespera' (o que é verdade) e 'quem espera sempre alcança' ( o que nem sempre acontece).

(atendendo às regras de trânsito...às vezes acaba-se esborrachado;)

dark kiss.

musalia disse...

bruna

vamos sempre às fontes, ao limite. da nossa resistênica.
:)

almaro disse...

creio que passamos os olhos por este quadro com os mesmos passos e sentires diferentes. Há algo de estranho na Paula Rego que me inquieta em angustias. Perco-me na cor e fujo das suas sombras.
Não gosto de sombras que gritam em silêncio e nos perseguem. Não fosses tu e olhava a Paula Rego de outra forma... só pó e cor. Hoje sinto toda a sua angustia e dor, e pergunto-me o que a leva a pintar o que nós , os outros ...escondemos no silêncio do sentir

musalia disse...

é verdade, Almaro. creio que nesse dia os nossos olhares se complementaram, na belissima (permite-me) exposição de Paula Rego. e foste uma achega valiosa, a tua interpretação. perspectivas diferentes são sempre enriquecedoras.
é um mistério, tanto as palavrs que se nos soltam como as cores e traços a que damos vida. provavelmente algo que grita em nós e tem de sair, uma espécie de catarse, como diz Samartaime.
(já tenho saudades de Serralves)